segunda-feira, 24 de março de 2008

Entenda.

Algum provérbio chinês deveria avisar que falar de amor é tarefa insana e piegas. Por isso, hoje, vestido de maluco cafona pergunto: vale a pena largar tudo por que gosta de alguém? Duas semi-óticas devem ser analisadas: a de quem levantou a questão, aquele que se propõe a deixar de lado tudo por alguém; a do que recebeu a oferta e responde. O raciocínio é a partir do pressuposto de que ambos os elementos são apaixonados, por que se não forem não é preciso nem elaborar a idéia.


Questões fundamentais deveriam ser levantadas por aquele que oferece: o que é largar tudo? Mudar os hábitos, o comportamento, largar os amigos, trocar de idéias e o travesseiro? Em seguida: alguém é capaz de tamanha realização? Não pode fazer. Ninguém pode. E se pudesse, fazê-lo seria como dizer eu não me amo, por isso não me quero e largo tudo. É lugar comum avisar que quem não se ama pede amor em dobro, o que ninguém pode dar.

E quem recebe? Têm aqueles que recebem com orgulho e começam pedindo e os que correm com medo da responsabilidade. No entanto, existe também os que são puramente apaixonados e que continuam por perto. Para os que ficam, vale saber que o que fez a oferta não soube dizer. A vontade é se entregar oferecendo tudo o que é possível ofertar. Por isso quem recebe não deve aceitar, no entanto, pedir algo mais caro. Daquele momento em diante, ouvir e entender.

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